Resenha: Eleanor & Park
12:00
Autor (a): Rainbow Rowell
Ano: 2014
Páginas: 328
Editora: Novo Século
Classificação: ❤❤❤❤❤
"Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo."
Oi pessoaaaaas! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!
Gente, eu terminei de ler esse livro ontem e devo dizer que conheci o real significado da frase morrer de amor e continuar vivendo porque, sério, esse livro derreteu meu coração!
Eleanor é uma menina com um coração gigante, mas que poucos tem a oportunidade de conhecer porque acham que ela é estranha. Ela tem o peso elevado, usa roupas masculinas, acessórios completamente diferentes e tem o cabelo com um ruivo extraordinário, porém sempre bagunçado. Além disso tem uma família pra lá de bagunçada e traz dentro de si tantas mágoas e tanta dor que é impossível pensar que conseguiria encontrar alguém como Park.
Park é um descendente de coreanos, típico nerd e reservado. Possui uma família extremamente rígida e um pai que, no seu ponto de vista, só gosta dele por ele ser seu filho, mas o vê como uma grande decepção.
O livro se passa nos anos 80 e começa com Eleanor chegando em Omaha, se mudando de volta para a casa da mãe e tentando se adaptar à nova realidade, a qual ela tanto ansiou, mas que de certa forma é aterrorizante. No primeiro dia de aula, Eleanor entra no ônibus e, logo de cara, já começa a sofrer bullying pelo seu estilo. Como todos no ônibus parecem ter um lugar, resta à Park, a contra gosto, aceitar dividir o assento com ela (ele sentava sozinho no banco). O que nenhum dos dois sabia era o que isso tudo significaria para eles no futuro.
Segurar a mão de Eleanor era como segurar uma borboleta. Ou um coração a bater. Como segurar algo completo, e completamente vivo.Ao ir para a escola, Park gostava de ler gibis e ouvir suas músicas favoritas, porém, acaba percebendo que Eleanor estava acompanhando a leitura com ele e começa a ler mais devagar para que ela possa acompanhar. No dia seguinte ele decide deixar um gibi no assento dela, ela o pega, leva para casa, lê e relê a noite toda e devolve no outro dia. E assim eles descobrem algo em comum, que em seguida vai trazer outra coisa: a música. Com o tempo eles começam a conversar até chegar um momento em que eles já não conseguem mais ficar um sem o outro.
Existia apenas um dele, pensou ela, e ele estava bem ali.O livro traz consigo todas as coisas mais legais daquela época, desde os HQs mais legais do mundo (pensa se não pirei com o fato dos dois lerem X-Men e Watchmen?!) até as músicas mais perfeitas que marcaram aquela geração e trazem inúmeros fãs até hoje. A forma como os dois se apaixonam me fez lembrar demais da minha adolescência, daquelas paixões bobas que acontecem de forma inexplicável e que são sentidas de forma tão intensa. Queria pegar os dois e colocar em um potinho pra que eles pudessem ser felizes logo de uma vez.
Ele sabe que vou gostar de uma canção antes mesmo de eu tê-la ouvido. Ele ri das minhas piadas antes mesmo que eu chegue ao final. Tem um lugar no peito dele, logo abaixo da gargante, que me faz querer deixá-lo abrir portas para mim.
Existe apenas um dele.
Você salvou minha vida, ela tentou dizer. Não para sempre, não definitivamente. Provavelmente, só por certo tempo. Mas salvou minha vida, e agora eu sou sua. O que sou agora é seu. Para sempre.A família de Eleanor é cheia de problemas e isso traz desafios enormes para o relacionamento dos dois. A mãe dela vive em um relacionamento violento e abusivo em que ela se torna submissa ao marido. Eleanor tem mais três irmãos e nenhum vive em condições saudáveis. Falta comida em casa, faltam roupas, faltam muitas coisas, mas tudo o que Eleanor mais teme é ser expulsa de casa mais uma vez como fora no ano anterior. Então ela e Park vivem um relacionamento escondido da sua família e passa a estar com Park todos os dias na casa dele até tarde. O que ela não sabe é o que acontecerá quando sua família descobrir tudo isso.
Sem dúvidas é um romance bobo, daqueles que dá gosto de ler e que fazem com que a gente suspire pelo "príncipe do cavalo branco". Muitas pessoas queriam uma continuação, já eu acho que uma continuação iria acabar com o livro. Entrou pra lista de favoritos SIM! E se você está procurando uma leitura gostosa e que te faça sentir junto com os personagens, mas sem ter um drama excessivo, vale a pena a pedida! Beijos e até o próximo post!
- [...] Por que você gosta de mim?
- Não gosto de você. Preciso de você. [...] Pode me perguntar por que preciso de você. Mas não sei. Só sei que preciso... Sinto sua falta, Eleanor. Quero ficar com você o tempo todo. Você é a garota mais inteligente que já conheci, a mais engraçada, e tudo que você faz me surpreende. E gostaria de poder dizer que esses são os motivos pelos quais gosto de você, porque isso me faria parecer um ser humano muito evoluído... Mas acho que tem mais a ver com seu cabelo ruivo e suas mãos macias... E com o fato de você ter cheirinho de bolo de aniversário.
[...]
- Eleanor, por que você gosta de mim?
- Não gosto de você, Park. Eu... Eu acho que vivo por você. Acho que nem respiro quando não estamos juntos. O que significa que, quando te vejo na segunda de manhã, foram umas sessenta horas sem respirar. Deve ser por isso que sou tão ranzinza e desconto em você. Só o que faço quando estamos separados é pensar em você, e só o que faço quando estamos juntos é entrar em pânico. Porque cada segundo parece ser tão importante. E porque sou tão maluca, não me controlo. Não sou mais minha, sou sua; e se você resolver que não quer mais me ver? Como pode me querer como eu quero você?
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