Resenha: O Oráculo Oculto (#1)

12:00


ISBN: 9788580579284
Autor (a): Rick Riordan
Ano: 2016
Páginas: 320
Editora: Intrínseca
Classificação: ❤❤

"Como você pune um deus imortal? Transformando-o em humano, claro! Depois de despertar a fúria de Zeus por causa da guerra com Gaia, Apolo é expulso do Olimpo e vai parar na Terra, mais precisamente em uma caçamba de lixo em um beco sujo de Nova York. Fraco e desorientado, ele agora é Lester Papadopoulos, um adolescente mortal com cabelo encaracolado, espinhas e sem abdome tanquinho. Sem seus poderes, a divindade de quatro mil anos terá que descobrir como sobreviver no mundo moderno e o que fazer para cair novamente nas graças de Zeus. O problema é que isso não vai ser tão fácil. Apolo tem inimigos para todos os gostos: deuses, monstros e até mortais. Com a ajuda de Meg McCaffrey, uma semideusa sem-teto e maltrapilha, e Percy Jackson, ele chega ao Acampamento Meio-Sangue em busca de ajuda, mas acaba se deparando com ainda mais problemas. Vários semideuses estão desaparecidos e o Oráculo de Delfos, a fonte de profecias, está na mais completa escuridão. Agora, o ex-deus terá que solucionar esses mistérios, recuperar o oráculo e, mais importante, voltar a ser o imortal belo e gracioso que todos amam."

Oi pessoaaaaas! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!

Acho que vocês ainda não sabem, mas eu sou a louca dos livros do Tio Rick (assim como tantos irmãos meio-sangue que tenho espalhados pelo mundo) e quando saiu a notícia de que seriam lançados novos livros eu fiquei muuuuito empolgada! É fato que a minha lista de livros pra ler está cada dia maior e nunca consigo decidir a ordem de prioridade entre as minhas leituras, por isso demorei tanto pra começar esse, mas assim que ele entrou em promoção no submarino não perdi tempo! Confesso que ele está na minha estante há mais ou menos uns 2 meses, mas, finalmente, consegui dar um fim à esse tormento (ou dar um início ao tormento de querer o próximo livro pra ontem, enfim.).

Para quem acompanhou as duas séries que vieram antes, sabemos que, apesar da batalha contra Gaia ter sido vencida, foi uma batalha difícil, que gerou inúmeras mortes de semideuses e que trouxe inúmeras consequências. O fato é que, depois de tudo isso, Zeus culpa Apolo por tudo que aconteceu, pelo idiota do Octavian ter feito o que fez e, como forma de punição, decide mandar ele para a terra como um mero mortal.
Se eu, que sou o deus da poesia, não fui capaz de descrever o que senti naquele momento, como vocês, meros mortais, poderiam entender? Imagine ter sua roupa arrancada e ser atingido por um jato de água na frente de uma multidão às gargalhadas. Imagine a água congelante enchendo sua boca e seus pulmões, machucando a pele, transformando suas juntas em uma massa amorfa. Imagine se sentir impotente, envergonhado, completamente vulnerável, despido pública e brutalmente de tudo que faz você ser você. Minha humilhação foi pior do que isso.
Ao descobrir-se como mortal, ele é atacado por dois adolescentes em um beco e, com toda a sua falta de habilidade, apanha um bocado, mas no fim é salvo por Meg McCaffrey, uma meio-sangue que vive nas ruas e que tem alguns poderes, digamos, ousados. Meg ainda não foi reconhecida como semideusa e, aparentemente, ninguém sabe muito sobre seu passado, o que inclui seus pais. Após salvar a sua vida, Meg reclama Apolo como seu "servo", o que quer dizer que, enquanto ele estiver sobre a sua forma mortal, ele deve servir a semideusa. Então, os dois partem para pedir ajuda à Percy e encontrarem o Acampamento Meio-Sangue, o único lugar onde Apolo acredita que estará a salvo dos monstros.

O que Apolo não sabe é que o Acampamento Meio Sangue está passando por graves problemas, indo desde a falta de todo e qualquer tipo de comunicação com o mundo exterior até o sumiço de semideuses e tudo isso tem uma relação muito forte com os oráculos que, a princípio, ele deveria ter cuidado. Diante disso, ele e Meg partem em uma missão à procura do Oráculo Oculto e descobrem que ele está mais perto do que se imagina, mas as surpresas que vem junto com essas descobertas não são lá muito boas.

Em primeiro lugar, devo dizer que esse livro me surpreendeu em muitos aspectos. O primeiro deles é o fato do Percy Jackson aparecer em apenas duas ou três cenas, confesso que achei que seria uma continuação de fato do Sangue do Olimpo mas, apesar de ser isso de fato, os personagens principais estão muito longe de ser os mesmos. É fato que o Percy apareceu em momentos decisivos do livro e achei isso relativamente chato, mas se ele não aparecesse e fizesse seu mini-show eu também não ficaria satisfeita haha! O segundo é o fato do Tio Rick conseguir mudar alguns dos meus pensamentos quanto ao Apolo, pois, quando eu descobri que o protagonista seria ele, confesso que fiquei achando que isso mataria o livro, no começo realmente matou, o fato do Apolo ser tão egocêntrico e achar que todo mundo deve sempre estar aos pés dele é um porre no começo, mas ele amadurece tanto durante o livro que no final eu consegui sentir não só empatia pelo personagem, mas ri e chorei com ele!
Meus olhos lacrimejaram. Não muito tempo antes (de manhã, por exemplo), a ideia de aqueles jovens semideuses serem capazes de me ajudar teria me parecido ridícula. Mas a gentileza deles me emocionou mais do que o sacrifício de cem touros. Eu não conseguia me lembrar da última vez que alguém se importara tanto comigo a ponto de amaldiçoar meus inimigos para que só falassem em rimas.
Em segundo lugar, Meg McCaffrey é uma personagem que você se apaixona de cara! Ela é grossa, mas é fofa e é dotada de um poder muito maior do que a maioria dos semideuses da sua idade e, mais, com a mesma maternidade que a sua. Para uma garota de 12 anos ela tem muito poder e, ouso imaginar, como vai ser quando ela crescer. Queria que o Tio Rick fizesse algo semelhante com o que ele fez com o Percy, talvez não a cada ano de vida dela, mas pelo menos de dois em dois anos para ver a evolução da personagem.

Ah! Mais uma vez ficou muito evidente o quanto o Tio Rick inseriu tão bem nas histórias duas coisas que ele julga importantes: nós, brasileiros (através de um semideus que veio daqui), e os homossexuais. Cara, não sei nem explicar o quanto o Will e o Nico formam o casal mais fofo desse mundo, sério! ♥
A essa altura você pode estar se perguntando como me senti ao ver meu filho com Nico di Angelo. Admito que não compreendi a atração de Will por um filho de Hades, mas se o tipo sombrio e agourento era o que fazia Will feliz...
Ah. Talvez vocês estejam se perguntando como me senti ao vê-lo com um namorado e não com uma namorada. Se for isso, façam-me o favor.
Além disso tudo, devo dizer que fiquei triste com o fato de falar muito pouco dos outros semideuses dos livros anteriores. Não que eu quisesse que tudo fosse concentrado neles, só foi nostálgico mesmo pensar que agora todos eles estão indo pra faculdade (ou tentando) e seguindo suas vidas, é quase como se isso mostrasse o quanto a geração de fãs do Percy Jackson também cresceu e, não sei, minha vontade depois de ler tudo isso foi pegar todos os livros do Percy e reler, pra lembrar desde o Percy idiota que foi atacado na escola inúmeras vezes e tinha o quíron como professor, até um Percy que finalmente se declarou pra Annabeth e agora os dois estão indo pra faculdade viver suas vidas. Parece que uma parte de mim realmente se foi com esse fim.

Quanto ao livro em si, achei essa capa maravilhosa e completamente condizente com a narrativa, fora que achei essa fonte da capa muito linda! A diagramação ficou como na maioria dos livros do Tio Rick mesmo e, encontrei só um ou dois erros de revisão que provavelmente passaram despercebidos.

É um livro que de início eu demorei um pouco pra pegar no ritmo de leitura, mas quando consegui já não sabia mais desgarrar, só li e li e li até terminar. Foi muito legal ver o quanto Apolo cresceu interiormente e como ele aprendeu coisas tão valiosas como o poder do amor e da amizade. Claro que pra isso teve que enfrentar traições, quase perdeu pessoas importantes e ainda continuou na forma mortal, mas é fato que ele é outro personagem ao final desse livro.
E então, me ocorreu quantas vezes eu pedi sacrifícios, quantos heróis mandei para a morte. Por acaso eles eram menos nobres e corajosos do que essas dríades? Mas não senti remorso quando os mandei em missões mortais. Eu os usei e descartei, destruí suas vidas para construir minha glória. Eu era tão monstruoso quanto Nero.
Infelizmente o segundo livro ainda está muito caro pro meu bolso de universitária, mas assim que ele baixar o preço trago resenha nova pra vocês porque devo dizer que ele vai estar demais, já que tem um personagem dos livros antigos que está de volta e veio com tudo! Um beijo enorme e até o próximo post! 



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