É Assim Que Acaba - Colleen Hoover

13:02

ISBN: 9788501112514
Autor (a): Colleen Hoover
Ano: 2018
Páginas: 366
Editora: Galera Record
Classificação: ❤❤

"Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais."

Oi pessoas! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!

Eu dei uma graaaande sumida aqui do blog por alguns motivos pessoais, mas já estou de volta! Feliz 2019 pra todos vocês e que seja um ano de muitas leituras, muita música e muitas, muitas viagens!

É Assim Que Acaba foi o meu primeiro contato com a escritora Colleen Hoover (ou Co-Ho, como os fãs costumam chamar) e já devo dizer que preciso ler mais e mais da obra dela! Já comprei mais dois livros da mesma autora e tem resenha ainda esse ano por aqui!

O livro começa alguns instantes após o enterro do pai de Lily, o qual a mesma fez uma grande bagunça e resolve sair para espairecer. E é no terraço de um prédio que ela conhece Ryle, alguém que não liga muito pra vida pessoal, não acredita mais em relacionamentos, mas que tem um único sonho: ser um grande neurocirurgião. Lily percebe que existe um grande clima entre os dois, mas ela nunca foi uma garota de fazer sexo casual e tudo o que Ryle quer com ela é isso, então ambos decidem que é melhor deixar pra lá.

Depois de um bom tempo, Lily segue com a vida em Boston e decide abrir uma floricultura, o que sempre foi seu grande sonho. Então ela compra um local "abandonado" para transformar em seu. Nesse mesmo dia em que ela tenta arrumar a bagunça para começar o projeto, ela encontra Allyssa, que lhe oferece ajuda e pede por um emprego com ela em troca. Na necessidade de ter ajuda de alguém, Lily topa e as duas acabam se tornando grandes amigas. Porém, em um dia, as duas precisam de alguém para retirar alguns entulhos da loja e Allyssa chama seu irmão e seu marido para ajudarem, onde Lily descobre que Ryle é nada mais nada menos que irmão da sua melhor amiga.

O livro segue em um ritmo muito bom, contando da infância e adolescência marcada de Lily com as agressões que o seu pai fazia à sua mãe e também do seu amor de adolescência, Atlas, e como tudo teve um fim que Lily nunca se perdoou. Ryle acaba se apaixonando verdadeiramente por Lily e os dois decidem começar a construir uma vida juntos até a primeira rachadura no chão aparecer, depois disso tudo vai apontando para um desmoronamento e resta à Lily decidir se vale a pena continuar em um relacionamento que traz dor e amor em níveis iguais.
Imagine todas as pessoas que você conhece ao longo da vida. São muitas. Elas surgem como ondas, entrando e saindo aos poucos, dependendo da maré. Algumas ondas são muito maiores e causam mais impacto que outras. Às vezes, as ondas trazem coisas lá do fundo do mar e as largam no litoral. Marcas nos grãos de areia que provam que as ondas estiveram lá, muito depois de a maré recuar. Foi isso que Atlas quis dizer ao falar "eu te amo". Estava me contando que eu era a maior onda que tinha aparecido em sua vida. E eu havia trazido tanta coisa comigo que minhas marcas sempre estariam presentes, mesmo quando a maré recuasse.
Até ano passado eu nunca tinha lido um livro que tratasse sobre a violência contra a mulher e esse livro trata tudo de uma forma tão intensa que é impossível não entender os dois lados da história! E não me julguem quando eu digo que entendo o porquê do comportamento de Ryle! Não vou dizer que ele estava certo em fazer isso, JAMAIS, mas digo que entendo cada milésimo de vez que Lily decidiu voltar pra ele, entendo como todos os acontecimentos da vida dele o marcaram em tal ponto que tudo o que ele sabe fazer é reagir, mais que tudo isso, entendo o quanto a Lily sofreu por se ver na mesma situação que a mãe e se sentir incapaz de fazer algo. A CoHo foi brilhante nessa obra! Caramba! Ela conseguiu fazer com que sentíssemos cada emoção, cada sentimento colocado diante do leitor e isso foi sensacional.
Ryle me ama. Ele nunca falou isso, mas sei que me ama. E eu o amo. Tenho certeza de que o que aconteceu na cozinha hoje não vai se repetir. Não depois de ver como ele ficou chateado por ter me machucado. 
A escrita é fluida e tudo o que eu queria era terminar o livro pra saber o que aconteceria com a Lily no final. Em muitas cenas eu quis parar algumas pessoas e dizer "para! pelo amor de Deus, já não dá mais!", mas em outras eu chorei de tanta emoção boa que o livro passou. Enfim, é um livro pra nos fazer refletir sobre certos comportamentos, nos fazer julgar menos a vítima, nos fazer compreender mais uma realidade à qual nós possivelmente possamos não conhecer e mesmo assim ter empatia. Mais que isso: nos dá poder de reconhecer e ajudar sem julgamentos essas pessoas que tanto precisam do apoio dos amigos e familiares.
Enquanto o encaro, penso em como é fácil julgar os outros quando estamos de fora. Eu, inclusive, passei anos julgando minha mãe. Quando estamos de fora, é fácil acreditar que conseguiríamos ir embora num piscar de olhos se alguém nos tratasse mal. É fácil dizer que não continuaríamos amando quem nos trata mal se não somos nós que amamos a tal pessoa. Quando se sente isso na pele, não é tão fácil odiar a pessoa que te trata mal, porque na maior parte do tempo ela é uma benção divina.  


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